Você realmente precisa de um tablet?

Eles estão por toda parte. Pequenos ou grandes, a verdade é que os tablets tomaram conta do mercado. Aos poucos, a revolução que começou com o lançamento do iPad em 2010 nos Estados Unidos se espalhou pelo mundo e chegou também ao Brasil, um mercado em pleno crescimento. Depois do lançamento do tablet da Apple, o mercado foi inundado por um exército de clones rodando o sistema operacional Android. Mais baratos, esse modelos agora competem com o iPad pela preferência do consumidor. Não por acaso, segundo números recentes do IDC Brasil, 77% dos mais de 3 milhões de tablets vendidos no país em 2012 rodavam o sistema operacional do Google, que tem um simpático robozinho verde como mascote.

Em 2013 espera-se que sejam vendidos ainda mais tablets no Brasil (quase 6 milhões de unidades). Esse crescimento é acompanhado pelo aumento das opções, e para o consumidor isso pode ser um problema. À medida que aumenta a oferta desse tipo de aparelho nas loja, aumentam também as dúvidas na hora da compra. Apesar da popularidade do tablet entre os consumidores brasileiros, é possível que muita gente esteja comprando um modelo que não cumpra com suas expectativas. Pior ainda: apesar do modismo talvez o dispositivo não seja adequado para todas as pessoas. E é isso oque tentaremos responder nessa matéria. Afinal, será que você precisa mesmo de um tablet?

Para Rui Oliveira, fundador do site Tech&Net (www.techenet.com), os tablets vieram para ficar e, segundo a empresa de estudos IHS iSupply, podem ter sido um dos principais motivos para a morte anunciada dos netbooks. Apesar do baixo custo, o desempenho limitado desse tipo de computador portátil pode ter contribuído para o seu declínio. Por outro lados os tablets surgem como alternativa interessante ao netbook ao oferecer mobilidade e uma série de recursos interessantes como tela sensível ao toque, câmera, acesso à internet e contar com milhares de aplicativos à disposição.

Tablets também são ótimos para jogos. Eles podem muito bem substituir os consoles. Grande parte dos games populares para PC, PlayStation ou Xbox 360 como Fifa, Need For Speed ou The Sims têm versões para tablets. Por outro lado, a produção de conteúdo nesses dispositivos esbarra na falta de versões para aplicativos de peso como o Photoshop ou o Microsoft Office pode deixar o consumidor frustrado. Embora existam muitos softwares para tablets capazes de editar imagens e criar planilhas nenhum é tão completo quanto seus equivalentes para PC.

Nesse caso, explica Rui Oliveira, o Surface Pro da Microsoft pode ser o melhor compromisso entre um tablet e um PC que pode adquirir no mercado. No entanto, o dispositivo não está disponível no mercado brasileiro, e ainda não tem previsão para ser lançado por aqui. Se o usuário sente a necessidade de usar um teclado, a alternativa então recai sobre o ultrabook, que pode ser considerado uma evolução do notebook. Eles são computadores completos e têm a vantagem de serem leves e contar com baterias de boa autonomia. O preço do dispositivo, porém, pode ser um empecilho para quem busca um valor mais convidativo.

Mas a necessidade ou não de um teclado é apenas um dos fatores que podem influenciar na hora de escolher um bom tablet. Para Rui Oliveira, em primeiro lugar, o consumidor tem que encontrar o melhor compromisso entre qualidade do equipamento e as aplicações disponíveis para o dispositivo. Neste campo a escolha é clara entre o iOS da Apple e o Android da Google. Se o preço não for uma das preocupações, o iPad (que já está em sua quarta geração) oferece o melhor equilíbrio entre qualidade do equipamento e experiência com o usuário num tablet de 10 polegadas.

“Contudo, se procura um tablet mais fácil de transportar, a sua escolha poderá recair nos tablets de 7 polegadas. E neste formato a Apple não tem uma vitória certa com o seu iPad Mini'(ainda não lançado no Brasil). O Nexus 7 do Google (fabricado pela Asus) é um equipamento com melhores características. Possui um processador quad-core e uma tela com uma resolução de 1280 x 800 (216 pontos por polegada)”, destaca Oliveira. “Já o iPad Mini tem um processador dual core e um display com resolução de 1024 x 768 (163 pontos por polegada). Se considerarmos que a experiência nativa do Android é atualmente equiparada ao iOS da Apple, o Nexus 7 com um preço bem mais acessível (ele é vendido por 999 reais no Walmart), e é, portanto, claramente a melhor opção”, recomenda.

Opções e preços de tablets

Entre os tablets disponíveis no mercado, o iPad é o que oferece melhores recursos, conforme. Ele permite não só jogar como também ver vídeos e ouvir música sem problemas. A navegação na internet também é tranquila e segura. Como possui um sistema operacional fechado, o aparelho da Apple é menos suscetível à contaminação por vírus.

Além disso a bateria tem longa duração e aguenta quase o dia todo. Em compensação o preço é bem mais salgado em comparação aos modelos Android. Entre as limitações estão a falta de entrada para cartão de memória e entradas USB. Segundo pequisa recente do Procon-SP o modelo mais simples do iPad 2 (com Wi-Fi e 16 GB de espaço) tem preço médio de R$ 1.318,04 nas lojas da capital paulista.

Os tablets Android são maioria no mercado. Há modelos para todos os gostos e bolsos. Umas melhores opções disponíveis no mercado é o Samsung Galaxy Tab 2 de 7 polegadas. Ele tem qualidade, a bateria tem autonomia de cerca de 6 horas (com Wi-Fi desligado), roda o Android 4.0, conta com uma grande variedade (cerca de 700 mil) de aplicativos à disposição, e pode ser encontrado nas lojas da capital paulista por preços de até R$ 699 reais, de acordo com dados do Procon-SP.

Outras opções interessantes no mercado são o Samsung Galaxy Note 8 e o Asus Fonepad que tem como diferencial a possibilidade de fazer ligações e tem preço sugerido de R$ 1.599 e R$ 1.099, respectivamente. Já o tablet do Google, o Nexus 7 (fabricado pela Asus) se destaca por trazer a versão pura (sem modificações) do Android. Ele está à venda no Walmart e tem preço de R$ 999.

Fonte: Yahoo Finanças

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